Daiane da Silva Vicente e Marlane Leite da Silva


PIBID E HISTÓRIA DAS MULHERES: UMA PRÁTICA VIVENCIADA NA SALA DE AULA



O presente trabalho configura-se em um relato de experiência. Visto que foi vivenciada a prática docente através de intervenções possibilitadas pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência [PIBID]. No qual, fez parte o subprojeto de História – História e Direitos Humanos: Memória, Condição Feminina e Resistências –, durante um período de 18 meses. O subprojeto foi dividido em três módulos: o primeiro foi intitulado “A literatura e o material fílmico, para debater a questão dos Direitos Humanos na sociedade Brasileira”. O segundo módulo “O processo de construção, solidificação do machismo que provocou o silenciamento e exclusão das mulheres na história”. E o terceiro “Violências e condições históricas que construíram um lugar de subalternidade para a mulher negra na história brasileira”. Dessa maneira, objetiva-se desenvolver uma análise resumida de algumas intervenções aplicadas em sala de aula, em cada um dos respectivos módulos. A prática docente e as atividades vivenciadas ocorreram em turmas de 7° e 8° anos do Ensino Fundamental, em uma escola pública localizada no município de São João – PE.

A escola é um espaço importante para combater as discriminações. Dessa maneira, tomando como base as competências gerais da educação básica contidas na Base Nacional Comum Curricular [BNCC] é fundamental

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. [BNCC, 2017, p. 10]

Para a realização das intervenções, tomou-se como base a importância da empatia, sensibilidade, para superar e desconstruir as práticas machistas patriarcais em nossa sociedade. O primeiro módulo, onde se discutiu questões relacionadas aos direitos humanos, não foi colocado no início por acaso. É fundamental falar sobre direitos humanos e explicar a sua origem para que os educandos compreendam historicamente e passem a valorizar os seus direitos como também os das outras pessoas, inclusive os das mulheres. Utilizando a literatura, percebeu-se que é uma ferramenta que permite o compartilhamento de informações de uma determinada época ou período, tomando como base os ideais, sentimentos e experiências de alguém que viveu aquele momento histórico. Como bem lembra Bittencourt [2005], podemos tomar os textos literários como documentos pertencentes a uma determinada época, na qual os autores das obras fazem parte de uma cultura e corrente artística representando o tempo em que viveram. E desse modo, também auxilia na compreensão de como ocorrem as opressões direcionadas às mulheres. Uma das obras que usamos foi “A Hora da Estrela” de Clarice Lispector, discussão feita através de um trecho:

Nunca pensara em “eu sou eu”. Acho que julgava não ter direito, ela era um acaso. Um feto jogado na lata de lixo embrulhado em um jornal. Há milhares como ela? Sim, e que são apenas um acaso. Um feto jogado na lata de lixo embrulhado em um jornal [...] [LISPECTOR, 2006, p.43]

Com base nesse trecho foi possível compreender um pouco sobre a condição feminina, esclarecendo pontos importantes. Os textos literários, falando mais especificamente dos romances, podem transmitir sentimentos e sensações que fluem na imaginação. E através delas são formuladas reflexões que podem ajudar no desenvolvimento da humanização. Permitindo uma conexão com realidades distintas. A sensibilidade com o sofrimento do outro, é o que ocasiona uma possível reflexão sobre a importância dos direitos humanos para defesa de uma vida digna para todos [HUNT, 2009].

No segundo módulo, intitulado de “O processo de construção, solidificação do machismo que provocou o silenciamento e exclusão das mulheres na história”, buscou-se compreender alguns conceitos como: feminismo, machismo e patriarcado. Também estudamos um pouco a história do Movimento Feminista, frisando a sua importância na luta por equidade, levando em consideração que “o feminismo é o convite a um diálogo radical e profundo” [TIBURI, 2019, p. 77]. A partir disso, compreende-se essa luta como algo fundamental para que as mulheres possam ser quem elas querem ser. Ocupar um lugar na sociedade, na esfera pública defendendo os direitos de todas e todos.

Em uma de nossas atividades, trouxemos a contribuição histórica de algumas personagens femininas que atuaram em épocas grandiosas da História: Joana D’ Arc, Maria Quitéria, Anita Garibaldi e Maria da Penha. O meio construtivo para elaboração da pesquisa que permitiu o desenvolvimento da aula sobre essas figuras, foram sites e filmes. Pedimos para que cada um dos alunos escrevesse em um papel qual das personagens mais chamou a atenção e justificassem a escolha. Isso serviu para entender como eles enxergavam a atuação das mulheres na História. 

Joana d’ Arc [1412-1431], conhecida como a heroína francesa, santificada pela igreja Católica, tem uma história fascinante que ocorreu no período medieval, atuou na Guerra dos Cem Anos [1337-1453], conflito entre França e Inglaterra. Ela conseguiu fazer algo muito difícil para uma mulher daquela época, participar ativamente em uma guerra. Para 23,07% da turma, Joana foi tida como a que mais despertou curiosidade, devido ao fato de ter atuado em guerras, e por atualmente ser considerada santa. Na mentalidade dos jovens, seria quase impossível a existência de uma mulher guerreira como ela.

É interessante o fato de não terem mencionado Anita Garibaldi [1821-1849], sendo ela também uma mulher que esteve envolvida em conflitos violentos, a razão disto seria por sua vida ter sido bem diferente da de Joana. Anita tinha tudo para ser uma mulher igual às que se renderam às normas do patriarcado. Sua trajetória está muito ligada a uma figura masculina, Giuseppe Garibaldi, seu companheiro. Enquanto Joana não tinha “alguém” para protegê-la. A partir disso, aponta-se que os estudantes demonstraram mais interesse por aquelas que atuaram de maneira independente.       

Maria Quitéria [1792-1853], foi uma mulher que lutou pela independência do Brasil e se tornou a primeira mulher a alistar-se no exército, inicialmente vestida de homem, acabou sendo descoberta e quase expulsa. 3,85% dos alunos gostaram de Maria Quitéria por ter sido uma mulher que lutou pelo que gostava e conseguiu se destacar por sua força e coragem.

Maria da Penha é uma farmacêutica brasileira, que sofreu agressão do marido, passando quase 20 anos em busca de justiça e tentando sobreviver. Símbolo de resistência e de luta contra a violência, a sua trajetória ocasionou a criação da Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, sancionada em 2006. O caso de Maria da Penha representa a violência doméstica, que muitas brasileiras foram e são sujeitadas em todo o Brasil. A maioria dos alunos, 69,23%, gostou da história de Maria da Penha, por sua importância na criação da lei, por ter sobrevivido a tantas tragédias e por não ter desistido de lutar.

Quando se apresentou a história dessas mulheres, mostrou-se para os educandos que elas tiveram um papel importante na construção de alguns acontecimentos históricos. E através desse estudo comprovou-se o quanto existe uma carência nos estudos voltados para as questões das mulheres.

No terceiro módulo, priorizou-se discussões em torno de questões relacionadas às mulheres negras na sociedade brasileira. E além de visibilizar a trajetória de mulheres negras, trabalhou-se o preconceito racial. Levando em consideração que a mulher negra é discriminada duplamente:

Se é certo que em todas as classes de nossa sociedade a mulher é oprimida, não se pode, no entanto, esquecer que a intensidade e, sobretudo, a natureza dessa opressão são diferenciadas. [GIACOMINI, 2012, p. 19]

Quando mencionado em sala de aula sobre o papel da mulher negra na sociedade, os educandos agiram com estranheza, pois praticamente não havia conhecimento algum. Ficando evidente que não era algo apenas deles, mas também tinha relação com a carência de informações contidas no livro didático, demonstrada quando solicitamos para que realizassem uma pesquisa sobre figuras femininas negras no livro de história. Eles relataram as dificuldades para acharem essas personagens. Dessa forma, propomos em uma das atividades fazermos a exposição de algumas figuras femininas negras que desempenharam um papel fundamental na história. As personagens expostas, sendo elas heroínas ou ativistas foram: Aqualtune, Dandara, Maria Firmina e Djamila Ribeiro. Pode-se perceber o quanto ficaram encantados e surpresos com a trajetória e atuação dessas mulheres. Também foi um momento possível para dialogar e refletir sobre a importância do “lugar de fala” e do feminismo negro, pois como descreve Djamila Ribeiro, é uma forma de “romper com o silêncio instituído para quem foi subalternizado, um movimento no sentido de romper com a hierarquia” [RIBEIRO, 2019, p. 89].

Referente ao assunto envolvendo a história do movimento feminista que também foi discutido em sala de aula, destaca-se que no início de sua organização, contava apenas com as pautas das mulheres brancas, que reivindicavam possibilidades no mercado de trabalho e mais liberdade. De certa forma, para as mulheres negras havia uma incoerência, pois elas já nasceram inseridas em um ambiente que lhes obrigavam a trabalhar – no período da escravidão. Desse modo, tanto o movimento feminista no início, não representava os interesses das mulheres negras, como também, o movimento negro era insuficiente quando o assunto era a causa delas:

[...] entre o final dos anos 1970 e início dos anos 1980 foram realizadas as primeiras reuniões de mulheres negras no intuito de suprir a insuficiência que o Movimento Negro, bem como o Movimento Feminista, parecia ter para discutir pautas que lhes eram caras. Conforme exposto, o objetivo não era romper com esses movimentos. No entanto, muitas mulheres negras entendiam que era chegada a hora de criar suas próprias referências, para assim tornarem-se porta-vozes de suas próprias ideias numa posição de igualdade na luta por transformações sociais. [SANTOS, 2017, p. 47]

Dessa maneira, é compreensiva a necessidade de um movimento que priorizasse os ideais de cada grupo. A opressão que a mulher negra vivencia no cotidiano é bem diferente de suas semelhantes brancas. Por isso a existência de tantos feminismos. Como também é importante que os estudantes tenham contato com a cultura afro-brasileira, e conheçam a trajetória da mulher negra na história, pois permite que eles agreguem valores antes não atribuídos, tanto na sua formação escolar, quanto como indivíduo consciente, percebendo a importância de estudar o passado, facilitando na compreensão do presente. Contudo, isto permite um rompimento com a discriminação do desconhecido, levando em consideração que o preconceito, às vezes, surge devido a falta de conhecimento sobre algo.

Em uma das intervenções, levou-se algumas notícias acerca do índice de violência contra a mulher negra e a população negra como um todo. Essa atividade teve por objetivo destacar o agravamento do número de violências contra esse grupo. Foi possível perceber certa surpresa dos estudantes em relação aos dados. De acordo com o atlas da violência [2019], a taxa de homicídio da mulher negra em Pernambuco é maior que a taxa do Brasil, sendo 7,6% em 2017, enquanto a mulher branca sendo 3,2%. Dessa forma, as/os estudantes puderam constatar que a mulher negra sofre mais violência que a mulher branca, direcionando-se para discussões que se relacionam também com a desigualdade social. 

Para se realizar abordagens como esta, fez-se necessário compreender o que é “lugar de fala”. Isso seria exatamente como bem descreve Djamila Ribeiro, uma forma de “romper com o silêncio instituído para quem foi subalternizado, um movimento no sentido de romper com a hierarquia” [RIBEIRO, 2019, p. 89]. Ao falar pelo outro não estamos dando voz a essas pessoas. Voz elas sempre tiveram, o que não tinham era espaço para se pronunciarem, fato este que levou ao processo de silenciamento, que atualmente buscam superar. A mesma autora traz outra discussão que se relaciona com a primeira. Ambas interessantes, pois quando mencionado o papel ocupado por quem hoje é protagonista de sua luta e história, não quer dizer que outros indivíduos, que não fazem parte de determinado grupo específico, falem a respeito:

Quando falamos de direito à existência digna, à voz, estamos falando de locus social, de como esse lugar imposto dificulta a possibilidade de transcendência. Absolutamente não tem a ver como uma visão essencialista de que somente o negro pode falar sobre racismo, por exemplo. [RIBEIRO, 2019, p. 64]

Portanto, com a temática do subprojeto de História do PIBID, foi possível visibilizar a história das mulheres. Ressaltar a importância dos Direitos Humanos, frisando a relevância da conquista dos direitos femininos. Possibilitou um conhecimento mais amplo em torno do Movimento Feminista, também foi possível debater sobre o preconceito racial e perceber, principalmente, o quanto essa temática sensibilizou os educandos devido à identificação com o tema. A prática docente possibilitada pelo PIBID contribuiu com a formação enquanto professoras de História. Compreendendo que há várias formas de ensino e aprendizagem, e que é importante refletir sobre como iremos atuar ao exercer essa profissão.

Referências
Daiane da Silva Vicente [daiane.s.vicente77@gmail.com] e Marlane Leite da Silva [laneleitedasilva2016@gmail.com] são graduandas do curso de Licenciatura em História pela Universidade de Pernambuco - UPE/Campus Garanhuns. Ambas foram bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência [PIBID], subprojeto de História – História e Direitos Humanos: Memória, Condição Feminina e Resistências, entre agosto de 2018 e janeiro de 2020. Integrantes do Laboratório de Ensino Pesquisa e Extensão de História - LEPEHIS-UPE/GUS.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Usos didáticos de documentos. In: Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2008, p. 325-350.
CERQUEIRA, Daniel. et al. IPEA [org.]. Atlas da Violência 2019. Brasil: Instituto de Pesquisa Aplicada; Fórum brasileiro de Segurança Pública. 2019. Disponível em: http:<//www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/190605_atlas_da_violencia_2019.pdf>. Acesso em: 13 de outubro de 2019.
GIACOMINI, Sonia Maria. Mulher e escrava: uma introdução histórica ao estudo da mulher negra no Brasil. 1° Ed. Curitiba: Appris, 2012.
HUNT, Lynn. A invenção dos Direitos Humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela. 23. ed. Digital Source. 2006.
Ministério da Educação. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 13 de nov. de 2019.
RIBEIRO, Djamila. Lugar de Fala. 1° Ed. São Paulo: Pólen, 2019.
SANTOS, Ynaê Lopes dos. O feminismo negro como um lugar de pertença e aprendizado. In: MAGALHÃES, L. [Org.]. Lugar de Mulher: Feminismo e Política no Brasil. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2017. 42-61 p.
TIBURI, Marcia. Feminismo em comum – Para todas, todes e todos. 11° ed. – Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.


15 comentários:

  1. Boa tarde!

    Excelente pesquisa!
    Minha pergunta é: para você, as descobertas no campo da medicina científica tiveram relevância para que as mulheres fossem consideradas aptas para o mercado de trabalho?

    Gessica de Brito Bueno

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    1. Olá Gessica, obrigada!
      Acreditamos que sim, pois com essas novas descobertas foi possível desmistificar algumas teorias utilizadas para inferiorizar o papel das mulheres na sociedade.

      Daiane da Silva Vicente
      Marlane Leite da Silva

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  2. Bom dia!
    Adorei a temática e a respeito disso, gostaria de dicas para autoras e trabalhos que possam auxiliar no ensino sobre a história das mulheres em sala de aula.

    Marília Guaragni de Almeida

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    1. Olá Marília, Obrigada!
      Sugerimos: o livro “Mulheres e Poder: Histórias, Ideais e Indicadores” de Hildete Pereira de Melo e Débora Thomé; “História das Mulheres no Brasil”, organizado pela historiadora Mary Del Priore; “Nova História das Mulheres no Brasil” Organizado por Carla Bassanezi Pinsky e Joana Maria Pedro; “Mulheres e Educação: a paixão pelo possível” de Jane Soares de Almeida; “História das relações de gênero” de Petter N. Stearns; e a obra “Minha História das Mulheres” de Michelle Perrot. Agradecemos e esperamos ter ajudado de alguma maneira.

      Daiane da Silva Vicente
      Marlane Leite da Silva

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  4. Olá, parabéns pelo trabalho! Gostaria de saber quais foram as maiores dificuldades na aplicação de uma aula visando a visibilidade da mulher, visto que, históricamente, visou-se uma história predominantemente pautada no genero masculino.
    Obrigada

    Gabrielle Legnaghi de Almeida

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    1. Olá Gabrielle, Obrigada!
      A nossa maior dificuldade foi justamente a invisibilidade das mulheres na História, pois por não ser algo evidente para os estudantes que realizamos as intervenções, precisávamos utilizar fontes que comprovem o que estávamos falando, ainda mais, por não haver um destaque maior dessas participações femininas nos livros didáticos dos quais eles tinham acesso.

      Daiane da Silva Vicente
      Marlane Leite da Silva

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  5. Olá meninas, gostaria de parabeniza-las pelo artigo e pelo conteúdo, gostei muito de conhecer um pouco mais a pesquisa de vocês. Penso que a literatura é uma fonte pouco explorada na sala de aula, assim como também considero que há uma certa resistência no âmbito histórico quando a usamos como fonte, entretanto, reconheço o seu potencial, principalmente por trazer reflexões aos educandos e a possibilidade de expansão da sua consciência histórica. Também trabalho com literatura na sala de aula e gostaria muito de saber como que a classe recebeu o fragmento escolhido. Vocês acreditam, no caso, se fosse um livro inteiro ou fragmentos maiores, eles aceitariam bem? Por exemplo, dentro da temática da mulher negra usar o livro ou trechos do “Quarto de Despejo” de Carolina Maria de Jesus.
    Muito obrigada, e novamente parabéns pela pesquisa.

    Emely de Almeida Souza.

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    1. Olá, Emely de Almeida. Obrigada por sua pergunta. Nas intervenções optamos por levar diferentes trechos de poemas, músicas e livros, para que a turma dividida em grupos pudesse ler e refletir sobre. Optamos por pequenos trecho que a turma aceitou muito bem, no entanto, fizeram algumas perguntas pra entenderem melhor, perguntas estas referentes ao livro. Diante disso, um trecho maior seria muito bom, caso o tempo de aula desse. Um livro pensamos que talvez seja longo e assim demande mais tempo.
      Possivelmente a obra, Quarto de despejos, poderia ser utilizada, no entanto não chegamos a utilizá-la, então se ela se encaixasse na temática abordada, como o trecho do livro A Hora da Estrela encaixou na que passamos, seria uma boa referência.


      Daiane da Silva Vicente
      Marlane Leite da Silva

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  6. Olá, Daiane e Marlane!
    Gostei muito do texto e do trabalho desenvolvido em sala de aula.
    Vocês poderiam falar um pouco mais sobre como se deu a abordagem do eixo de direitos humanos com os alunos? Que percepção eles tinham sobre o tema? E como passou a ser visto por eles depois desse trabalho?

    Tássia da Silva Freitas

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    1. Boa noite, Tássia. Obrigada por sua pergunta.
      A abordagem se deu de forma gradual, poucos alunos conheciam os Direitos Humanos, mas muitos entendiam o que era. Então fizemos atividades para que eles pudessem perceber quais direitos eram esses, a sua importância e assim analisar sua presença na Literatura. No começo do segundo módulo percebemos que eles já tinham um certo domínio sobre a questão de desigualdade e direitos das mulheres.

      Daiane da Silva Vicente
      Marlane Leite da Silva

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  7. Lendo o artigo de relato de experiência que foi vivenciada a prática docente através de intervenções possibilitadas pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência [PIBID], levanto uma questão: saberia dizer da relevância dessa participação em sua formação docente? A questão surge de uma pesquisa que está sendo desenvolvida em BH em que busca compreender os impactos dessa experiência no cotidiano dos ex-bolsistas.
    A referida pesquisa: Formação de professores para a educação das relações étnico-raciais: a experiência do PIBID a partir de narrativas docentes.
    Grato, José Humberto Rodrigues.

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    1. Olá José Humberto!
      O PIBID na nossa formação foi de muita importância. A partir da experiência vivenciada pudemos aprender a lidar com determinadas situações, que provavelmente só acabariam encontrando quando estivéssemos atuando como professoras após o fim da graduação. Vivenciar a experiência docente ainda quando estávamos na graduação, contribuiu muito para termos certeza da profissão que escolhemos.

      Daiane da Silva Vicente
      Marlane Leite da Silva

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