Aline Pereira Alvarenga da Silva

DIÁLOGOS ENTRE ARTE E EDUCAÇÃO INFANTIL NA ATUAL BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR/BNCC: IDENTIDADES CULTURAIS, FORMAÇÃO DOCENTE E EXPERIÊNCIAS ESTÉTICAS.



Introdução
Desde o advento da escola na Modernidade, a estruturação didático-curricular envolveu a centralidade da formação para o mundo do trabalho seriado e fabril. Dessa maneira, os instrumentos de reforço de práticas e conteúdos disciplinarmente normatizou os indivíduos, organizando enciclopedicamente os saberes em nome da eficiência, eficácia e produção de indivíduos. Nesse movimento histórico, os processos de organização da instituição escolar, especialmente entre os séculos XVIII e XIX, resgataram propostas clássicas de formação e socialização, curricularmente apresentando, dentre outros aspectos, as Artes como símbolo de constituição da identidade do indivíduo, padrões estéticos, símbolos de poder e força, [FANON, 2003].

Dessa maneira, o ensino da Arte, enquanto movimento cultural neoclássico, trouxe, durante os últimos 3 [três] séculos, resultados múltiplos, que vão desde seu uso para estabelecimento do consumo de bens e ideais, até às concepções dualísticas entre aqueles que têm o direito de acessar o conhecimento artístico e aqueles que deveriam ser alocados à margem de saberes artisticamente “elitizados”. Enquanto resultado, o conhecimento artístico ensinado pela instituição escolar foi estabelecido como instrumento de coerção do Estado na fixação de uma cultura dominante, colonizadora e adaptada aos interesses do capitalismo, [MIGNOLO, 2003].

Outra questão é a que envolve a formação docente para o ensino da Arte que, até os movimentos reconceptualistas da década de 1960, esteve atrelada ao pragmatismo e tecnicismo pedagógico. Não sem propósitos, como afirma Maldonado-Torres [2007], a construção ideológica de discursos e bens de consumo artísticos de fácil absorção popular teve objetivamente suas bases apresentadas sem a inclusão dos históricos saberes culturais regionais, convertendo em linguagens de consumo os modos peculiares de organização social. Ou seja, a arte deixou sua condição de representatividade para tornar-se um modelo, uma estética que precisa ser aceita, negociada, esteticamente perfeita, símbolo da elite intelectual e econômica, [GUEDES; LIMA; SATTAMINI; GOUVIN; DILGIUDICE; COSTA, 2019].

Assim, considerando o pensamento de Walsh [2007], Guedes e Ferreira [2018b], pode-se afirmar que, nos últimos 50 anos, especialmente após as concepções críticas e pós-críticas do currículo, surgiram novos olhares descolonizadores sobre o lugar social do saber artístico e suas manifestações regionais no cotidiano escolar. Por isso os objetivos deste artigo, apesar de concentrados na atual BNCC, trata da prática pedagógica no ensino da Arte e seu potencial emancipador. Isso porque, no caso brasileiro, a continuação da perspectiva liberal tradicional de educação e currículo, por quase dois séculos, é um dos fatores que devem ser problematizados à luz das Teorias Críticas da Sociedade, especialmente pela inexistência de um projeto histórico de médio e longo prazo de educação/formação artística no país. Tais aspectos se justificam especialmente pelo fato de que a intencionalidade da formação artística dos indivíduos está atualmente mais atrelada às aligeiradas demandas de governos, a cada quatro anos, do que à integralidade da formação humana. Logo, o currículo nacional na BNCC se mantém refém dos ditames verticais tecnocratas do MEC.

Por tais motivos este artigo tem como objetivo geral compreender as múltiplas dimensões que envolvem, na atualidade curricular brasileira, os diálogos entre o ensino da Arte e educação infantil na atual Base Nacional Comum Curricular/BNCC, considerando as experiências estéticas, a formação docente e a práxis pedagógica cotidiana.

Enquanto objetivos específicos buscam-se sintetizar, no cotidiano do ensino da Arte, como a práxis docente vem implementando as propostas didático-curriculares da BNCC na Educação Infantil, correlacionando possíveis abordagens de modo interdisciplinar, o lúdico e as culturas artísticas regionais. Também pretende mapear a formação docente no ensino da Arte, considerando as múltiplas dimensões estéticas que envolvem as práticas educativas voltadas para uma infância inclusa em novas tecnologias, percepções e  interfaces com o conhecimento científico; e problematizar a pseudoformação artístico-cultural resultante dos modelos únicos propostos pelas políticas e práticas curriculares, identificando possíveis caminhos de autonomia intelectual das crianças em projetos inter e transdisciplinares.

Desenvolvimento
Considerando a perspectiva de formação artístico-cultural apresentada na BNCC, Brasil [2017, p. 193], para a Educação Infantil são dispostas as linguagens “dança, artes visuais, a música e o teatro”, sendo que, essas linguagens textualmente são sugeridas como fundamentos interdisciplinares para o “desenvolvimento da criação, leitura, produção do conhecimento, exteriorização e reflexão”. Cabe ressaltar que, apesar da BNCC propor a sensibilidade artística, a intuição e o desenvolvimento da subjetividade humana, ela não esclarece como se darão os diálogos interculturais, plurilinguísticos e éticos que se sobrepõem à mera aceitação das diferenças culturais/regionais brasileiras.

Tal afirmativa é possível pelo fato de a BNCC tratar o processo de ensino-aprendizagem da Arte como algo bem distante das condições concretas de trabalho das escolas brasileiras atuais. Assim, torna-se agravante o fato de que, as sugestões pedagógicas práticas e produções artísticas demandam de condições materiais concretas de trabalho, não fazendo, na maioria dos casos, conexão com a realidade da maioria das escolas do Rio de Janeiro. Por exemplo, ao propor, conforme a BNCC [BRASIL, 2017, p. 193], a organização de “saraus, espetáculos, concertos, recitais e eventos artísticos”, a BNCC não relaciona outras possibilidades mais palpáveis, uma vez que se trata de um país que mal condiciona, nas estruturas escolares, acesso adequado à instalações sanitárias, cadeiras e mesas estudantis, acesso à rede de computadores/internet, espaço pedagógico e estratégico para a inclusão do cotidiano dos alunos.

Essas contradições afetam diretamente aquilo que conceitua a BNCC de “dimensões artísticas”, [BRASIL, 2017, p. 194], sendo essas dimensões categorizadas em “criação; crítica; estesia; expressão; fruição e reflexão” — todas estas manifestas nas artes visuais, na música, na dança e no teatro na Educação Infantil e Ensino Fundamental. Dessa maneira, como abordado por Santos [2006; 2010], deve-se questionar a centralidade da Arte enquanto produto a ser consumido, elaborado dentro da lógica mercado/consumo, possibilitando afirmar que, do modo como está disposto na BNCC à inclusão das culturas dos povos indígenas, afro-brasileiros e das tradicionais comunidades brasileiras não aprofunda as relações étnicas necessárias com as mais de 250 línguas catalogadas/culturas. Por exemplo, fazendo da BNCC um instrumento oficial que não se representa enquanto política afirmativa de currículo — não cabendo, por isso, afirmá-la como um conjunto nacional de expectativas artístico-curriculares e de ciências culturais fundamentalmente brasileiras.

Se contrário fosse, como apontado no estudo de Guedes e Ferreira [2018a], as matrizes estéticas e culturais que representam a identidade brasileira estariam vinculadas a programas específicos de produção do conhecimento artísticos organizados dentro de ações sugeridas na BNCC, propondo inclusive recursos econômicos materializados em práticas pedagógicas integrados às metas do atual Plano Nacional de Educação [PNE], [BRASIL, 2014], que prevê a organização um currículo politizador.

Concretamente, à luz do pensamento de Walsh [2005; 2007], pode-se dizer que as sugestões contidas na BNCC para a organização de oficinas de artesanatos nordestinos, pinturas indígenas, cerâmicas, danças africanas e tantos outros recursos culturais, não aparecem no texto associado aos recursos humanos e materiais substancialmente favoráveis a sua efetivação, tornando a BNCC um documento revelador de avanços e, ao mesmo tempo, um símbolo reprisador de mais um documento de pouca aplicabilidade concreta. Nesse sentido esse artigo pode indicar elementos contraditórios de avanço e retrocessos. Para pensar o ensino de Arte na Base Nacional Comum Curricular; educação integral; emancipação cultural docente e discente; decolonialidade; socialização; epistemologias do sul; dentre outras categorias, o estudo tem suporte teórico-metodológico no pensamento de FANON [2003]; WALSH [2007]; QUIJANO [2007]; MIGNOLO [2003]; TORRES [2007]; WALSH [2005; 2007] e SANTOS [2006; 2010].

Discutimos implicações destas e outras dimensões, que indicaram a necessidade de mais tempo para um aprofundamento na elaboração e implementação do documento, bem como a importância de se estabelecer um diálogo com indicações já consolidadas no campo da Educação do ensino de arte, nos processos de subjetivação e socialização do indivíduo.

Conclusões
Diante dos inúmeros desafios possíveis ao tema, cabe destacar, conforme Adorno [1971, p. 287], que “a produção da cultura no capitalismo progressivamente se estabelece para o controle das relações humanas, vinculando-as aos interesses das massas sociais, aculturando-as pela insistente negação da possibilidade de produção cultural por si mesmas”. Nesse sentido, a transformação da arte em mercadoria é símbolo da heteronomia cultural vigente na atualidade. É o mesmo que dizer que, quando a BNCC trata as culturas regionais/populares, as indígenas e afro-brasileiras como objetos estereotipados, nega-se veladamente a possibilidade do professor conduzir o processo educacional para que seus alunos identifiquem em si mesmos, o que há em todos nós de indígenas, africanos, mestiços e tantas outras origens.

Logo, por esse motivo, a falta de identificação/representação simbólica e cultural com as raízes históricas pode tornar o currículo, como proposto na BNCC, um objeto um tanto asséptico em relação às contradições sociais vividas pelos alunos e professores, e ao mesmo tempo, tornando a Arte pouco autêntica, objeto passivo de reprodução, uma técnica alocada meramente ao ambiente da aula de Artes e claro, uma regressão individual daquilo que deveria resultar o ensino da Arte, ou seja, a autonomia e emancipação intelectual.
        
Referências 
FANON, Frantz. Los condenados de la tierra. México: Fondo de Cultura Económica, 2003.
GUEDES, A. O.; LIMA, D. ; SATTAMINI, M. A. ; GOUVIN, A. ; DILGIUDICE, C. ; COSTA, D. C. P. Por uma formação de professores incorporada. Revista @mbienteeducação, v. 12, p. 88-103, 2019.
_____; FERREIRA, M. D. Concepções de docência na educação infantil, arte e educação estética de um grupo de pesquisa: Panorama de um percurso de investigações. POIÉSIS - Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação [Unisul], v. 12, p. 216-234, 2018a.
_____. Arte, estética e diálogo na Educação Infantil: registros invisibilizados e sentidos [des]sensibilizados. ROTEIRO, v. 43, p. 1051-1070, 2018b.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. [Orgs.] El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Universidad Javeriana-Instituto Pensar, Universidad Central-IESCO, Siglo del Hombre Editores, 2007.
MIGNOLO, Walter. Histórias Globais/projetos Locais. Colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
SANTOS, Boaventura de Souza; NUNES, João Arriscado; MENESES, Maria Paula. Opening up the Canon of knowledge and recognition of difference. In: SANTOS, Boaventura de Souza [ed.]. Another knowledge is possible: beyond Northern epistemologies. London: Verso, 2007. p. XIX – LXII. [Reinventing Social Emancipation: Toward New Manifestos , v. 3].
_____. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. 3a . ed. São Paulo: Cortez, 2010.
_____. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. 8a . ed. São Paulo: Cortez, 2000.
WALSH, C. Pensamiento crítico y matriz [de]colonial. Reflexiones latinoamericanas. Quito: Ediciones Abya-yala, 2005.
_____. Interculturalidad Crítica/Pedagogia decolonial. In: Memórias del Seminário Internacional "Diversidad, Interculturalidad y Construcción de Ciudad". Bogotá: Universidad Pedagógica Nacional 17-19 de abril de 2007.

14 comentários:

  1. texto excelente e muito bem desenvolvido,diante da atual situação educacional que estamos vivendo em nosso país e o longo caminho histórico da Educação no Brasil fica evidente que ainda precisamos melhorar em muitos conceitos e nossa atuação positiva para tais mudanças são indispensaveis.

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  2. Em sua visão como podemos discutir cultura e costumes familiares em um debate em sala de aula com alunos da educação infantil?
    Wilbert da Silva Pereira

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    1. Bom dia Wilbert!
      Discutir a cultura e costumes familiares em um debate em sala de aula com alunos da educação Infantil requer faze-los trazer a memoria fatos que ocorreram em seu cotidiano e atraves de uma roda de conversa com ferramentas de reforco como imagens,musicas e ate mesmo comidas tipicas de determinadas regioes pode-se desenvolver uma excelente dinamica entre eles. Segundo a LDB o ensino da arte , da cultura se deve ao multiculturalismo que temos em nosso país, somos um povo miscigenado de raças ,isso torma esse tema um amplo leque de caminhos a ser trilhado no ambiente escolar.
      Aline Pereira Alvarenga da Silva

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  3. Olá Aline , Hoje as escolas mantem em seu quadro de colaboradores em maioria das vezes , apenas um professor de ARTES .Em sua visão , acha que com todos esses os componentes curriculares, o professor solo dá conta de todas as habilidades e competências ?

    JULIANA PEREIRA ALVARENGA

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    1. Prezada Juliana, ser professor exige se reinventar todos os dias para alcançar os desafios impostos pelas vivencias em sala de aula e as atualizações ao longo dos tempos. Essas competências e habilidades curriculares nada mais é, que colocarem no papel tudo que um professor já vivencia nos dias atuais. O professor de Artes por muitos anos precisou trabalhar ouvindo que sua materia não era parte dos componentes curriculares,era apenas uma disciplina extra curricular,hoje é uma das principais áreas do conhecimento cultural,uma vez que através do ensino da arte pode-se desenvolver habilidades artísticas e culturais,conhecer a historia e origem de toda a história da educação,afinal de contas tudo começou com desenhos em cavernas e o homem se descobrindo e desenvolvendo suas habilidades únicas de sobrevivência. O berço da história do homem se deu através da arte.
      Aline Pereira Alvarenga da Silva

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  4. Prezada Aline Pereira Alvarenga da Silva, é muito importante a discussão sobre a BNCC e seus impactos. Na área de História, grosso modo, a BNCC só veio para atrapalhar. Primeiramente, não era consenso a necessidade de uma base para todas as escolas, já que existem outras formas de pensar a educação. Em seguida, então, os grandes pólos (História mais cronológica, tradicional e História de forma que quebrava a perspectiva cronológica) começam a entrar em acirrada discussão. Os grandes nomes da historiografia discutindo como conciliar ambas as perspectivas. O resultado: aproveitando-se desta situação, o governo convida pessoas pouco conhecidas da área e formula uma base totalmente tradicional. Em outras palavras, todos devem trabalhar a História da forma que era ensinada antigamente. Esta situação pode ser percebida na área de Artes? Seria este idealismo uma ausência ou limitação na discussão entre as várias categorias que estudam e ensinam a arte?
    Atenciosamente, Rafael Fiedoruk Quinzani

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    1. Olá Rafael,a BNCC sem sombras de duvidas é um documento formulado com lindas palavras e belos exemplos de se desenvolver um trabalho de excelência aos olhos de quem não esta vivenciando o caminho lento e regressivo que a educação esta sofrendo. É inevitável o posicionamento contrario de educadores que se posicionam a favor do progresso de uma educação que tem tudo para avançar e uma massa de elite opositora reprime todo e qualquer tipo de avanço que venha interferir em interesses governamentais. Em relação aos profissionais do ensino da Arte posso afirmar que essa opressão sempre existiu, uma vez que o ensino da arte nunca foi visto como sendo um componente curricular de relevancia,a arte assim como cada disciplina tras o despertar de habilidades e competencias unicas que transformam o pensar e desenvolvem os conceitos ao longo da capacitação educacional do aluno em si. No ensino da arte pode se desencadear o conceito de cultura,origem,raça e outros através da vivencia pelas praticas aplicadas em trabalhos e atividades multidisciplinares como teatro,artesanatos e outros. Concluindo, esta havendo uma capacitação em massa de nossos alunos para atender as necessidades do governo, o saber fica para os que buscam alem do que lhes é permitido em sala de aula. triste realidade a todos nós educadores que buscamos oferecer um conhecimento compartilhado e equilibrado em aprender a aprender todos os dia.
      Aline Pereira Alvarenga da Silva

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  5. Primeiramente gostaria de elogiar o trabalho, é um tanto quanto incomum ver análises como essa de um documento que rege a educação brasileira apresentando justamente aquilo que, ao meu ver, é a maior problemática da educação brasileira: a falta de compatibilidade entre o que é feito, o que pode ser feito e o que deve ser feito. Minha pergunta diz respeito a opinião da senhora em relação a essa falta de substancialidade nas propostas de desenvolvimento artístico nas escolas propostos pele BNCC,isto é, no que diz respeito a elaboração do documento realmente buscou-se apresentar soluções para o desenvolvimento do ensino de artes nas escolas ou foi somente "para inglês ver"? ( Magno de Ornellas Monnerat. 16/09)

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    1. Olá Magno,boa noite! Nossas leis são elaboradas pensando em um recurso que o governo não repassa as nossas escolas,logo deixa de ser colocado em pratica o que se lê na integra. Na elaboração da BNCC ficou evidente as inúmeras maneiras de como pode ser aplicada a disciplina trabalhando os vastos contextos sociais,culturais e políticos porém ainda fica a desejar pela falta de materiais e recursos ofertados nas escolas,sendo o professor responsável pela disciplina obrigado a recorrer a recursos que nem sempre alcança a meta desejada ou imposta pela secretaria de educação em seu curriculo . Isso na verdade se aplica a todas as disciplinas pois se olharmos de um modo geral a BNCC repetiu tudo que ja existia na LDB porem usando palavras e exemplos "na pratica" com uma bela descrição porem a "PRATICA" o "COTIDIANO ESCOLAR" é uma outra realidade. Brasil ainda está muito longe de uma educação de qualidade e igualitária,mas vamos juntos buscando melhorar,o que nao se atinge na escrita de um documento os professores transformam em sala de aula, inovando e fazendo da vida futura dessa geração uma caminhada de " PENSADORES CRÍTICOS " " CIDADÃOS PENSANTES". Espero ter respondido sua pergunta e agradeço o elogio e empenho em ler meu artigo. Aline Pereira Alvarenga da Silva

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Boa noite!

    Sobre o parágrafo "Desenvolvimento:Considerando a perspectiva de formação artístico-cultural apresentada na BNCC, Brasil [2017, p. 193], para a Educação Infantil são dispostas as linguagens “dança, artes visuais, a música e o teatro”, sendo que, essas linguagens textualmente são sugeridas como fundamentos interdisciplinares para o “desenvolvimento da criação, leitura, produção do conhecimento, exteriorização e reflexão”. Cabe ressaltar que, apesar da BNCC propor a sensibilidade artística, a intuição e o desenvolvimento da subjetividade humana, ela não esclarece como se darão os diálogos interculturais, plurilinguísticos e éticos que se sobrepõem à mera aceitação das diferenças culturais/regionais brasileiras".
    Você acredita que deveriam existir políticas públicas mais eficazes que possam identificar de forma clara como serão tais diálogos para nortear a prática dos professores ? Afinal o Brasil é um país com várias culturas e o que se aplica a uma região nem sempre pode ser aplicado em outras ...

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    1. Olá Laís Souza,boa noite !
      Sim, como respondi a uma pergunta de nosso amigo acima , em minha concepção a BNCC veio com propostas descritas com uma vasta seleção de palavras que na LDB não líamos , porém , ela não preenche as necessidades do professor x aluno x escola , como deveria . O Brasil é um país multicultural e requer uma visão muito mais ampla no ensino da arte , história e até mesmo no cotidiano escolar . O professor vai além do que as leis exigem pois seu papel é educar e abrir horizontes afim de permear a educação e o futuro desses alunos fazendo tornar possível uma geração de cidadãos conscientes de seus deveres,obrigações e respeito mútuo . Espero ter respondido sua pergunta e agradeço por ter participado .
      Aline Pereira Alvarenga da Silva

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